THE ELISION OF UNSTRESSED SYLLABLES IN DYSARTHRIC SPEECH: INTERVENTION WITH MUSIC
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2018.v6i1.147Keywords:
Dysarthria, Music, Discursive Neurolinguistics, PhonologyAbstract
ABSTRACT
This dissertation comes from the interest in investigating unstressed syllables deletion in a subject’s atypical speech. RA suffered a car accident when he was 28 years old, resulting in a traumatic brain injury, which led to a a dysarthric condition. For developing this research, we had as our theorical-methodological bases studies in Discursive Neurolinguistics, a recent field of Linguistics which proposes to study the relation of language and brain in order to explore language function in subjects showing some type of pathology; as well as Phonological approaches undertaken by Rapp (1994) and Baia (2010). In this longitudinal study, we carried activities aiming at recovering and stimulating speech by using music as a tool. Our musical approach is based on studies on music therapy as well as musical education (FRANÇA, 201; SAMPAIO, 2017). This research intends to address the following question: is speech stimulation with music indeed effective in dysarthric speech? For the analysis of data, we assume the theoretical perspective of Metrical Phonology, a phonological model that considers the stress as a property of the syllable (BAIA, 2010). Thus, we start from the hypothesis that dysarthria affects the oral language by modifying the rhythmic pattern, as the duration of RA’s speech is altered, accelerated in a way that makes speech his communication almost unintelligible. As a consequence, RA tends to present unexpected unstressed syllables elision. Results indicate that after ten sessions of speech stimulation with music, there was considerable improvement in speech performance, with a reduced number of utterances with unstressed syllable deletion. Apart from that, in the second interview, RA’s sentence production was reduced in 50% in terms of unexpected unstressed syllable deletion if compared to the first data collection. In sum, we show that with intervention (musical simulation with external and cultural elements), RA presented a better perception of his own pronunciation of unstressed syllables and started avoiding the elision of syllables which are supposed to be produced according to his dialect.
Downloads
References
ALGAVE, D. P. Escrita de caso e a Neurolinguística Discursiva. 2016. 203f. Tese (Doutorado em Linguística) Universidade Estadual De Campinas, São Paulo, Campinas, 2016.
BAIA, M. F. A.; CAMPOS, S. Processos fonológicos da oralidade que interferem na escrita. SBS talks, 2008.
BAIA, M.F.A. O modelo prosódico do PB: uma questão de metodologia? São Paulo: Edição Premiada USP, 2010.
________. Linguagem e Afasia: Uma abordagem discursiva da Neurolingüística. In: Cadernos de Estudos Linguísticos, 42, Campinas, IEL, UNICAMP, 2002, p. 99-129.
ANDREWS, Ted. Sons Sagrados. Tradução de Maria Rizzolia. São Paulo: Mandarim, 1996.
BARBOSA, P. A. Prosódia: uma entrevista com Plínio A. Barbosa. ReVEL, v. 8, n. 15, 2010.
BEHLAU, Mara. Voz: O livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 2v.
BENENZON, R. O. Manual de Musicoterapia.Rio de Janeiro: Enelivros, 1985.
BENVENISTE, E. Problemas de Lingüística Geral I. (Tradução Maria da Glória Novak e Maria Luiza Neri) Campinas, S.P.: Pontes, 1966. (Edição consultada 2005).
BISOL, Leda. O acento e o pé métrico binário. Letras de Hoje 98, p.25-36, 1994.
BISOL, Leda. O acento: duas alternativas de análise. Caderno de Estudos Linguísticos, v.28, n.54 Campinas, 1992.
BISOL, Leda. Sândi vocálico externo: degeminação e elisão. Caderno de Estudos Linguísticos, v.23, Campinas, 2013.
BRUSCIA, K. E. Definindo Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000 [1998].
CAGLIARI, M. Prosódia: algumas funções dos supra-segmentos. Caderno de Estudos Linguísticos. v.23. jul/dez. Campinas, 1992.
CALLOU, Dinah e LEITE, Yonne. Iniciação à Fonética e à Fonologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. (Edição consultada: 2009).
CAPLAN, D. Neurolinguistics and linguistic aphasiology: an introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
CARDOSO, D. P. Fonologia da Língua Portuguesa. São Cristovão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2009.
CAVALCANTE, M. C. B. “Manhês: produção e percepção na aquisição da linguagem” em Em-Tom-Ação: a prosódia em perspectiva. Recife: Editora Universitária UFPE, 2007.
CLEMENTS, G. N. & HUME, E. The Internal Organization of Speech Sounds. Ms., 1993. In: GOLDSMITH, J. (ed.) Handbook of Phonological Theory. Oxford: Blackwell, 1995.
CONSONI, F. O acento Lexical como pista para o reconhecimento de palavras: uma análise experimental em palavras segmentadas da língua portuguesa. Dissertação de Mestrado em Letras – Área de concentração em Filologia e Língua Portuguesa – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
COOPER, M. O Poder de uma Voz Vencedora. São Paulo: Manoele; 1991.p. 5- 84.
COUDRY, et al. Caminhos da Neurolinguística Discursiva: Teorização e Práticas com a Linguagem. Mercado de Letras, 2011.
COUDRY, M. I. H. Diário de Narciso: discurso e afasia. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
COUDRY, M. I. H. Linguagem e afasia: uma abordagem discursiva da neurolinguística. Caderno de Estudos Linguísticos. Campinas, (42):99-129, jan./jun., 2002.
COUDRY, Maria Irma. Linguagem e afasia: uma abordagem discursiva da neurolinguística. Caderno de Estudos Linguísticos, v.42. Campinas, 2002.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FERNALD, A.; KUHL, P. Acustic determinants of infant preference for motherese speech. Infant behavior and development. 10, 279-293, 1987.
FRANÇA, C. C. Para fazer música. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.
FURUSAVA, G. C. Setting musicoterápico. São Paulo: Apontamentos, 2003.
GRATIER, M. As formas da voz: o estudo da prosódia na comunicação vocal mãe-bebê. In: LAZNIK, M. C.; COHEN, D. (Orgs.). O Bebê e seus Intérpretes: clínica e pesquisa.1ª ed. São Paulo: Instituto Langage, pg.79-83, 2011.
HORA, Dermeval da. Fonética e Fonologia. Recife: Editora Universitária UFPE; 2009.
ILIOVTZ, E. Reorganização prosódica na disartria. Revista Estudos Linguísticos. v.12, n.2, Belo Horizonte, 2004.
ILIOVTZ, E. Ritmo linguístico na fala disártrica. Estudos Linguísticos. v.35. São Paulo, 2006.
HALLE, M.; VERGNAUD, J. An essay on stress. Cambridge: MIT Press, 1987.
HAYES, B. Metrical Stress Theory – Principles and Case Studies. UCLA, 1995.
HERNANDORENA, C. L. M. Aquisição da fonologia do português: estabelecimento com base em traços distintivos. 1990. 286f. Tese (Doutorado em Letras – Área de Concentração – Lingüística Aplicada) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1990.
HERNANDORENA, C. L.M. In: BISOL, Leda. Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. 3ºed. Porto Alegre: Edipucrs, 2001. Cap.1, p.11-89.
HOCHMAN, et al. Desenhos de pesquisa. Acta Cirúrgica Brasileira. v. 20, n.2. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/acb>
JAKOBSON, R. Child language, aphasia and phonological universals. The Hague: Mouton, 1968.
JAKUBOVICZ, R. Avaliação, Diagnóstico e Tratamento em Fonoaudiologia: Disfonia, Disartria e Dislalia. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
KOMATSU, M; e SANTOS, R. A variação na aquisição de regras de sândi externo em português brasileiro. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada. v.23, n.2, 2007.
KENT, R. D.; KENT, J. F.; WEISMER, G.; DUFFY, J. R. What dysarthrias can tell us about the neural control of speech. Journal of Phonetics 28, 2000, p. 273-302.
LEAL, E. G.. A queda da sílaba: análise do contexto consonantal pela geometria de traços. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. Edição especial n. 1, 2007. ISSN 1678-8931
LEBRUN, Y. Tratado de Afasia. São Paulo: Paramed Editorial, 1983, 124p.
LURIA, A.R. Fundamentos de Neuropsicologia. Tradução de Juarez Aranha Ricardo. Rio de janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos. Editora, S.A.. São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1974. 344p. (Edição consultada: 1984).
LYONS, John. Linguagem e Linguística: uma introdução. Rio de janeiro: Livro Técnico, 1987.
MARANHÃO, A. L. V. Acontecimentos sonoros em Musicoterapia. São Paulo: Apontamentos, 2007.
MASSINI, Cagliari e CAGLIARI, Luiz Carlos. Fonética. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Ana Christina (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. V.1., 6.ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MATTOS, W. A articulação da voz na prática do canto sem palavras. Rivista Audiation. v.2. 2016. Disponível em: < http://www.audiation-rivista.it/images/articoli/2/02_44_54.pdf>
MED, B. Teoria da música. Brasília, Musimed, 4ª edição, 1996.
MIRA MATEUS, M. H. Estudando a Melodia da Fala: traços prosódicos e constituintes prosódicos. Encontro sobre o Ensino das Línguas e a Linguística APL e ESSE de Setúbal 27 a 28 de Setembro de 2004.
MORATO, E. M. Neurolingüística. In: MUSSALIM, F.; A. BENTES, A. C. (orgs.). (Org.). Introdução à Lingüística: domínios e fronteiras. 1 ed. São Paulo: Cortez, v. 2, 2001, p. 143-170.
______. (2012). “ Neurolinguística” in: MUSSALIM, F. e BENTES, A.C. (orgs.). Introdução à Linguística: Domínios e fronteiras. 8a. ed. São Paulo: Cortez, pp.167-200
OLIVEIRA, D. S. F. A explosão da voz no teatro contemporâneo: uma análise espectográfica da voz de grande intensidade no espaço cênico. UNIRIO: Dissertação de mestrado. 1997
ORTIZ, K.Z. Alterações da fala: disartrias e dispraxias. In: FERREIRA, L.P.; BEFILOPES, D.M.; LIMONGI, S.L.D. (Orgs.). Tratado de onoaudiologia, São Paulo: Roca, 2004.
PAGANO, L. Noções de pedagogia musical. São Paulo: Ricordi, 1965.
PAGLIARIN, K. C. Abordagem constrativa na terapia para desvios fonológicos: considerações teóricas. UFSM: Monografia de especialização. 2007
PALAZZI, A.; FOUNTOURA, D. R. Musicoterapia na afasia de expressão: um estudo de caso. Revista Brasileira de Musicoterapia. Ano XVIII, nº 20, 2016.
PARIZZI, M. B. O canto espontâneo da criança de zero a seis anos: dos balbucios cantados às canções transcendentes. Revista da ABEM. Porto Alegre, v. 15, 39-48, 2006.
PAVEZI, V. C. Haplologia, elisão e monomorfema. Estudos Linguísticos. v. 34, 2005.
QUEIROZ, G. J. P. Aspectos da musicalidade e da música de Paul Nordoff e suas implicações na prática clínica musicoterapêutica. São Paulo: Apontamentos, 2003.
RIBAS, L. P.ONSET COMPLEXO NOS DESVIOS FONOLÓGICOS: descrição, implicações para a teoria, contribuições para a terapia. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 2006.
RIBEIRO, A. F. ORTIZ, K. Z. Perfil populacional de pacientes com disartria atendidos em hospital terciário. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v.14, n.4. São Paulo, 2009.
RUAS, D.; SAMPAIO, N.; PACHECO, V. A marcação rítmica na fala de um sujeito disártrico: estudo de caso. Línguas e Instrumentos Linguísticos.
RUDD, E. Música e saúde. São Paulo: Summus, 1991.
SAGAZ, K. R. Respiração oral e qualidade de vida: revisão bibliográfica. Universidade Federal de Santa Catarina: Trabalho de Conclusão de Curso. 2014.
SAMPAIO, R. Pedagogias musicais aplicadas à Musicoterapia. Aula do curso de especialização em Musicoterapia. Faculdade de Candeias, 2017.
SCARPA, Ester Mirian. 1997. Learning external sandhi. Evidence for a top-down hypothesis of prosodic acquisition. In: Antonella Sorace, Caroline Heycock & Richard Shillcock, Eds. Proceedings of GALA'1997 Conference on Language Acquisition: knowledge representation and processing.
SILVA, F. M. da. Processos fonológicos segmentais na língua portuguesa. Littera Online, n.04. Maranhão, 2011.
STEGEMÖLLER, E. Exploring the mechanisms of Music Therapy. The Scientist, março 2017
TITZE, Ingo R. On the mechanics of vocal fold vibration. Journal of the Acoustical Society of America. v.60, 1976.
TRUBETZKOY, Nikolai Sergueevitch. Principes de Phonologie. Trad. J. Cantineau. Paris: Klincksieck, 1957 [1949]. 396 p.
URBAN, P., et al., Left-hemispheric dominance for articulation: a prospective study on acute ischaemic dysarthria at different localizations. Brain, 2006. 129: p. 767– 777.
VAN DEN BERG, Janwillem.. Myoelastic-aerodynamic theory of voice production. Journal of Speech and Hearing Research. v.1, n.3, 1958.
VARGENS, Arthur. Aquisição de proparoxítonas: questões teóricas. Revista Temporis, v. 17, p. 294-308, 2017.
YAVAS, M. Applied English Phonology. Blackwell Publishing, 2006.
WEIGSDING, J. A.; BARBOSA, C. P. A influência da música no comportamento humano. Arquivos do MUDI, v. 18, n.2, p. 47-62.
WIJNEM. F., KRIKHAAR E. & DEN OS E. “The (non)realization of unstressed elements in children’s utterances: evidence for a rhythmic constraint”. IN Journal of Child Language, 21, 1994.
