UM CURIOSO CASO DE NASALIDADE EM UMA VARIANTE DIALETAL DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UMA ANÁLISE ACÚSTICA

Autores

  • Cinthia Malta Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB/Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.55

Palavras-chave:

Nasalidade, Análise acústica, Português Brasileiro

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise acústica acerca do fenômeno da nasalidade no português brasileiro, dialeto de Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia. Os parâmetros acústicos considerados foram os três primeiros formantes orais (F1, F2 e F3). O presente estudo também faz uma revisão geral dos trabalhos em fonética e fonologia que fazem referência ao fenômeno. Os corpora investigados acusticamente compõem um grupo de palavras faladas por falantes nativos desse dialeto baiano. Os resultados mostraram que um outro tipo de nasalidade, que difere daquelas tão amplamente discutidas (nasalidade fonética e fonológica) ocorre nesse dialeto. Essa nasalidade dialetal ocorre num contexto em que não é previsto uma vogal nasal ou nasalizada. Essa pesquisa pretende contribuir para um melhor entendimento do fenômeno da nasalização.

 

Como citar:

SANTOS, Cinthia Malta dos. Um curioso caso de nasalidade em uma variante dialetal do português brasileiro: uma análise acústica.  Orientadora: Vera Pacheco. 2015. 124f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-graduação em Linguística, Vitória da Conquista, 2015. DOI:https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.55. Acesso em: xxxxxxxx

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABAURRE, Maria Bernadete M. & WETZELS, Leo. 1992. Sobre a estrutura da gramática fonológica. Cadernos de Estudos Linguísticos. Campinas: IEL-Unicamp, (23): 5-17.

ABAURRE, Maria Bernadete M. 1993. Fonologia: a gramática dos sons. Revista de Letras 5 (Fonologia e Sintaxe). Santa Maria: UFSM (5):9:24.

______ ; Nasality in Portuguese: a Critical Consideration of Proposed Analysis for Word-final Diphtongs. Buffalo: State University of New York, 1973.

______ ; PAGOTTO, Emilio. G. 1996. Nasalização no Português do Brasil. In: Ingedore Grunfeld Villaça Koch. (Org.). Gramática do Português Falado VI. 1ª ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, v. 1, p. 495-526.

ANDERSON, Stephen R. 1975. The description of nasal consonants and internal structure of segments. In C. A. Ferguson, L.M. Hyman, and J. J. Ohala (Eds.). Nasálfest: Papers from a Symposium on Nasals and Nasalization. (1–26). Stanford, CA: Language Universals Project.

BATTISTI, Elisa; VIEIRA, Maria José B. O sistema vocálico do português. In: BISOL, Leda. (org.). Introdução a Estudos de Fonologia do Português Brasileiro – Porto Alegre – Edipocas, 2010. (166-201)

BEDDOR, Patrice Speeter. The perception of nasal vowels. In: Phonetics and Phonology: Nasals, Nasalization, and the Velum. V. 5. Academic Press, San Diego, California, 1993. (171-196).

BISOL, Leda. A Nasalidade, um velho tema. DELTA, 1998, vol.14, no. spe, p.00-00. ISSN 0102-4450.

______. Fonologia da Nasalização. In: Gramática do Português culto falado no Brasil: vol. VII: a construção fonológica da palavra. Coord. Geral Ataliba T. de Castilho; organizadora Maria Bernadete M Abaurre. – São Paulo: Contexto, 2013. (113-140)

______. Fonologia: uma entrevista com Leda Bisol. Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL. Vol. 4, n. 7, agosto de 2006. N 1678-8931 [www.revel.inf.br].

CAGLIARI, L. C. An experimental study of nasality with particular reference to Brazilian Portuguese. 320 f. Tese (Doutorado) - University of Edinburgh, Edinburgo, 1977.

CALLOU, Dinah & LEITE, Yonne. Iniciação à fonética e à fonologia. 11.Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Para o estudo da fonêmica portuguesa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008 (Edição original 1953).

______. Estrutura da Língua Portuguesa. 42ª ed. – Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 2009. (1ª ed. 1970).

______. História da Linguística. Trad. Maria do Amparo Barbosa de Azevedo. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2011. (Edição original 1975).

______. História e Estrutura da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão, Prolivro, 1975.

CHOMSKY & HALLE. The sound pattern of English. New York: Harper & Row, 1964.

CLEMENTS & HUME. Clements, G.N. & E. Hume. 1995. The internal organization of speech sounds. In J. Goldsmith (ed.), Handbook of Phonology. Blackwell. CRYSTAL, David. 1980. Dicionário de Linguística e Fonética. Trad. Maria C.P. Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed.

D’ANGELIS, W.R. Sistema fonológico do português: rediscutindo o consenso. D.E.L.T.A. 2002;18(1):1-24

FERREIRA NETO, Waldemar. Introdução à fonologia da língua portuguesa. São Paulo: Hedra, 2001.

FRANÇA, Ângela. Da história à estruturação das molhadas, da líquida vibrante e da nasal portuguesas. Estudos Linguísticos XXXIV, 2005. (586-591)

GOLDSMITH, John. Autosegmental and Metrical Phonology. Oxford, Blackwell, 1990.

HUFFMAN, M.K.; KRAKOW, R.A. Instruments and techniques for investigating nasalization and velopharyngeal function in the laboratory: an introduction. In: Phonetics and Phonology: Nasals, Nasalization, and the Velum. V. 5. Academic Press, San Diego, California, 1993. (3-61)

JAKOBSON, Roman. Fonema e Fonologia. Trad. J.M. Câmara Jr. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1972.

KENT, Ray D. Análise acústica da fala. Ray D. Kent, Charles Read; tradução Alexsandro Meireles. – 1 ed. – São Paulo: Cortez, 2015.

LOPEZ, Barbara Strodt. The sound Pattern of Brazilian Portuguese: Cariocan dialect. Los Angeles: University of California, Ann Harbor, Universty Microfilms Inernational, 1979. Tese (Doutorado) – Universty of California, 1979.

MATZENAUER, Carmem Lúcia B. In: BISOL, Leda. Introdução a Estudos de Fonologia do Português Brasileiro – Porto Alegre – Edipocas, 2010. (11-81)

MEDEIROS, B. R. de. Vogais nasais do português brasileiro: reflexões preliminares de um revista. Revista letras, Curitiba, n. 72, p. 165-188, maio/ago. 2007. Editora UFPR.

MORAES, João A. Produção e percepção das vogais nasais. In: Gramática do Português culto falado no Brasil: vol. VII: a construção fonológica da palavra/ coord. Geral Ataliba T. de Castilho; organizadora Maria Bernadete M Abaurre. – São Paulo: Contexto, 2013. (95-112)

MORAES, João A.; WETZELS, W. Leo. Sobre a duração dos segmentos vocálicos nasais e nasalizados em português: um exercício de fonologia experimental. Cadernos de Estudos Linguisticos, v. 23, p. 153-166, jul./dez. 1992.

OHALA, J. The phonological end justifies any means. In: 13th INTERNATIONAL CONGRESS OF LINGUISTICS, 29 Ago - 4 Set, 1982. Tokyo: Proceedings… Tokyo [s. n.], 1983. p. 232 - 243.

OHALA, J. J.; OHALA, M. The Phonetics of Nasal Phonology: Theorems and Data. In: HUFFMAN, M. K.; KRAKOW, R. A. (Ed.) Nasals, Nasalization and the Velum. San Diego, USA: Academic Press, 1993. p. 225-249.

PIGGOTT, G.L. Variability in feature dependecy: the case of nasality. Natural Language and Linguistic Theory, 1992. (33-77)

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística Geral. 27. Ed. São Paulo: cultrix, 2006. (Publicação original: 1916)

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 4. Ed. – São Paulo: Contexto, 2001.

SOUSA, Elizabeth Maria G. de. Para a caracterização fonético-acústica da nasalidade do Português do Brasil. 1994. 180 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade de Campinas, Campinas.

SOUZA, Luiz Carlos da S.; PACHECO, Vera. Novas evidências fonético-experimentais para a natureza bifonêmica da vogal nasal do Português Brasileiro. In: Seminário de Pesquisa em Estudos Linguísticos e Seminário de Pesquisa em Análise De Discurso, 3, 2007,

Vitória da Conquista. Anais do III seminário de pesquisa em estudos linguísticos e III seminário de pesquisa em análise de discurso, Vitória da Conquista: Edições UESB, 2007. p. 89-93.

TRUBETZKOY, N. S. Principles of Phonology. Berkeley and Los Angeles Paris: Klincksieck, 1969. Tradução para o inglês de Christiane A. M. Baltaxe. (Publicação original pelo Círculo Linguístico de Praga, em alemão em 1939).

WETZELS, W. Leo. The lexical representation of nasality in Brazilian Portuguese. Probus, v. 9, n. 2, p. 203-232, 1997.

WETZELS, W. Leo. Comentários sobre a estrutura fonológica dos ditongos nasais no português do Brasil. Revista de Letras, v. 22, n. 1-2, jan./dez. 2000.

Downloads

Publicado

30-12-2015