CONSTRUÇÕES COM VERBO IR NO PORTUGUÊS DE VITÓRIA DA CONQUISTA: UMA ABORDAGEM CENTRADA NO USO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2024.v12i1.308

Palavras-chave:

Verbo ir; Construcionalidade; Linguística Funcional Centrada no Uso.

Resumo

Ancoradas nos pressupostos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), que tem como base a Gramática de Construções (Croft, 2001), Linguística Cognitiva (goldberg, 1995; Traugott; Trousdale, 2021; Bybee, 2016) e a Linguística Funcional norte-americana (Givón, 1995, 2001), questionamo-nos quais são os padrões fonético-fonológicos, morfossintáticos e as motivações semânticas e discursivo-pragmáticas das construções com verbo ir. Com objetivo de responder essa pergunta, investigamos as construções com esse verbo na modalidade oral do Português Culto (Corpus do PCVC) e Popular de Vitória da Conquista (Corpus do PPVC) e na modalidade escrita (amostras provenientes de um blog on-line jornalístico e de dois perfis da rede social on-line Instagram: Conquista Post e Partiu Conquista). Com isso, buscamos descrever os padrões formais, de caráter fonético-fonológico e morfossintático, e as motivações funcionais, discursivo-pragmáticas e semânticas implicadas no uso do verbo ir, considerando a esquematicidade, produtividade e composicionalidade. Aventamos que o ir, em construções perifrásticas, podem formar, por meio da composicionalidade sintática, uma só unidade fonético-fonológica (chunk). Inferimos, ainda, que mecanismos metafóricos e metonímicos estão envolvidos no uso dessas construções. No eixo discursivo-pragmático, aventamos que fatores como informatividade e inferência contribuem com a formação das construções com ir. Concernente à metodologia, recorremos ao Método Misto (Cunha Lacerda, 2016), que associa as metodologias qualitativa e quantitativa, e selecionamos a variável dependente o verbo ir no presente do indicativo, na terceira pessoa do singular. Nessa conjectura, analisamos os dados extraídos dos Corpora e ratificamos nossas hipóteses iniciais de que existem motivações de ordem cognitiva e discursivo-pragmática que determinam uma nova construção gramatical. Concluímos que, em determinados contextos, as construções com ir passaram por um processo de construcionalização, ou seja, a criação de um pareamento forma-significado, um novo nó na rede. Nesses termos, verificamos que algumas construções se tornaram mais abstratas, com uma nova função sintática; mecanismos cognitivos de extensão estão associados à criação linguística inovadora; e percebemos a coexistência de diferentes funções das construções. Diante da natureza polissêmica do ir, compreendemos que essas construções são sancionadas pelo padrão mais esquemático, que pode gerar novas microconstruções, com diferentes níveis de abstração e novas funções discursivas. Ademais, destacamos que esta pesquisa pode ser incorporada como suporte de apoio aos professores de ensino de Língua Portuguesa, uma vez que ratifica a importância do contexto e apresenta as motivações para dinamicidade linguística. Para além disso, este trabalho colabora com os estudos da Linguística Funcional Centrada no Uso, tendo em vista que legitima os mecanismos funcionais da língua.

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30-12-2024