SENTIDOS DE TRANS, TRAVESTI, TRANSEXUAL E TRANSGÊNERO NA ESCOLA, NO NOTICIÁRIO E NO CONSULTÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2024.v12i1.272Palavras-chave:
Semântica; preconceito; trans.Resumo
O ser humano é um ser simbólico, o modo como sua relação se dá com o real, é inevitavelmente mediada pela linguagem. Logo, os sentidos que funcionam na sociedade se relacionam com o modo como as pessoas vêem e agem no mundo. A mediação da linguagem se dá de tal forma que nos constituímos enquanto sujeitos a partir do modo como somos chamados ou nomeados. Acontece que a nomeação também pode ser uma forma de injúria e alguns sujeitos são constituídos como subordinados a outros, dessa forma a sociedade começa a tratar essas pessoas de forma hostil. Um grupo social que constantemente é vítima de violências é a comunidade trans, sendo que o Brasil o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo (ANTRA, 2022). Além da violência física, pessoas trans experienciam a evasão escolar, falta de acesso ao mercado formal de trabalho e à saúde, compreendemos assim que a conduta da população brasileira é violenta com pessoas desse grupo social. Entendendo que o modo como determinado grupo social significa na língua possa fazer com que uma população seja hostilizada, o nosso trabalho tem como objetivo analisar o sentido das expressões Trans, Transgênero, Transexual e Travesti em textos informativos e de grande relevância para a construção da opinião popular. Para efetuar as análises, mobilizamos pressupostos da Semântica Histórica da Enunciação, proposta pelo professor Eduardo Guimarães (2002, 2005, 2009, 2018) que entende que os sentidos são constituídos no acontecimento da linguagem. Observamos os procedimentos enunciativos de reescrituração e articulação, que dizem respeito às relações enunciativas estabelecidas entre palavras em um texto, bem como observamos as relações de argumentação e a cena enunciativa, em que conseguimos observar os lugares sociais em que os falantes são agenciados ao dizer. Sendo assim, perguntamos: quais são os sentidos de trans, transexual, transgênero e travesti em textos informativos e de relevância na população brasileira? Quem é socialmente autorizado a definir o que são pessoas trans, transexuais, transgêneros e travestis? A violência que esse grupo social é vítima, materializam os sentidos que circulam na sociedade? Assim a hipótese de nosso trabalho é: serão encontrados na designação das palavras “Trans, Transexual, Transgênero e Travesti”, sentidos que se relacionam com a violência que essas pessoas sofrem. O corpus da pesquisa foi construído com textos da mídia, materiais do novo ensino médio, assim como, obras de orientação e diagnóstico utilizados pela psiquiatria e psicologia. Os resultados apontam para sentidos de Trans, Transgênero, Transexual e Travesti relacionados a patologias, estereótipos de gênero, fetiche, rejeição ao próprio corpo, entre outros. Observamos também que os sentidos compõem o real a tal ponto que os sentidos de trans, travesti, transexual e transgênero que funcionam nesses recortes também se materializam nas agressões que mulheres trans e travestis sofrem. Observamos também que em alguns recortes, essas expressões são evitadas de modo que só sejam utilizadas as palavras LGBT e suas variações, o que instaura sentidos de isonomia entre a comunidade trans e outros corpos cisgênero. Por fim, observamos que na maioria das cenas enunciativas temos um falante agenciado no lugar social de cisgênero, autorizado a falar o que são pessoas trans. Assim, compreendemos que ser cisgênero também está relacionado aos lugares sociais em que somos agenciados ao dizer, desse modo a semântica se mostra como uma área que pode contribuir com os estudos de gênero.
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